Civis espanhóis sendo dizimados pelos exércitos jacobinos de Napoleão                                                                                      


As eleições na Venezuela, no último domingo, só confirmaram o que nós já sabíamos. Maduro não vai deixar o poder, mesmo ilegitimamente tomado à força e por fraude. Dois dias antes o governo havia fechado todas as fronteiras, inclusive com o Brasil, para impedir que refugiados de seu regime, caracterizado por prisão e morte de oposicionistas, pudessem votar. A vitória de Edmundo Gonzalez, candidato da oposição, era dada como certa por todos os institutos de pesquisa, mesmo os chamados “chapa branca”.


Durante a campanha, Nicolás Maduro tratou de ameaçar a população com um “banho de sangue” caso não vencesse o pleito. Uma guerra civil que ele veladamente estava preparando. Otimistas, muitos venezuelanos acreditaram que as urnas seriam a saída para acabar com a ditadura socialista, o regime corrupto e a crise econômica e social que se instalou nas últimas décadas com a dupla totalitária Chávez/Maduro. Ledo engano.  


O sistema acima deles, controlador do narcotráfico e que tem em Maduro seu representante legítimo, controla também a contabilidade dos votos e as instituições que deveriam dar suporte à vontade popular. Eles não iam deixar. 


Como consequência, neste momento, milhares de cidadãos na Venezuela tomam as ruas para protestar contra as fraudes cometidas, denunciadas pela comunidade internacional. Apenas China, Irã, Rússia, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicarágua reconheceram a vitória do ditador. O PT, partido do ocupante do Palácio do Planalto, também a reconheceu, apesar das ressalvas do desgoverno Lula. Até quando? O Brasil vai se aliar a esses países que contradizem, inclusive, as diretrizes da OEA - Organização dos Estados Americanos? 


O próximo passo de Maduro será a repressão aos manifestantes, cumprindo sua promessa/ameaça, pois está claro que não quer deixar o poder. As provas de fraude são inúmeras.  Segundo a líder oposicionista María Corina Machado, adversários do atual presidente tiveram acesso a 40% das atas eleitorais que mostrariam a vitória de González. Corina Machado pediu, então, uma medida das Forças Armadas.


Enquanto isso, o departamento de Observação Eleitoral da OEA disse nesta terça-feira que não pode reconhecer os resultados proclamados pelo governo no domingo. A OEA realizará uma reunião extraordinária na quarta-feira para discutir a eleição venezuelana, mas os indícios devem comprovar as fraudes diretas e indiretas que escandalizaram os cidadãos de bem em todo o mundo, colocando sob suspeita todos os pleitos eleitorais, o que é mais grave. 

 

A divulgação dos números pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, dando vitória a Maduro, provavelmente será uma medida inócua, devido à falta de transparência e o destino daquele país deve estar à mercê das pressões internacionais e das represálias totalitárias internas do ditador. Um péssimo exemplo para  a América Latina, que parece se repetir em toda a região.


Por: Luiz Philippe de Orleans e Bragança



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